Morro da Maravilha (Poço Fundo)
Descrição: Localizado em São José do Vale do Rio Preto, cidade com cerca de 7000 habitantes, majoritariamente concentrados em zona rural. Até meados dos anos 80, a região servia de refúgio para um dos maiores compositores que o Brasil e o mundo já viram: Tom Jobim. Um de seus maiores sucessos, "Águas de Março", foi composto no Poço Fundo. O clima no vale tem uma tendência a ser seco. É bastante comum sair do Rio com chuva e chegar lá com céu limpo, graças ao microclima que se forma no vale. Os meses mais secos coincidem com os meses da temporada de escalada, do fim de abril ao princípio de agosto. No inverno, durante à noite, a temperatura pode chegar aos 10°C. Raramente chega a fazer menos do que isso e o mais comum é que fique em torno de 15°C. A partir da primavera, agosto/setembro, a parede começa a entrar na sombra por volta das 14h, variando para um pouco antes ou para um pouco depois, de acordo com a vigência do horário de verão. No inverno isso acontece mais cedo mas, para os mais fissurados, nessa época é possível escalar no sol sem "fritar".
As vias do Morro da Maravilha, que faz parte da Serra da Maravilha, estão espalhadas em quatro setores que têm caminhadas de aproximação variando entre 10 e 20 minutos de duração.
O local começou a ser frequentado por escaladores em 1983, ano da primeira conquista: Paredão Tira-gosto. Depois disso, começou a desenvolver-se como escola de escalada sendo que a maioria das vias foi aberta no princípio dos anos 90. Além das dezenas de vias existentes, o local conta ainda com potencial para abertura de muitas outras vias, com graus que variam de 2° a IXb/c, com até 3 esticões de corda. São em sua maioria vias de “agarrência”, em parede de granito. A rocha é bem sólida, raramente quebra e, quando isso pode acontecer, é fácil de se perceber. | Colaboração de Marcos Madeira e agradecimentos a Erick Grigorovski, Sergio Pranzl e Antonio Paulo Faria pelo envio das informações.
Como chegar à base: O acesso pode ser feito de carro ou de ônibus. Poço Fundo fica a cerca de 50Km de Teresópolis e a 6km do Centro de São José do Vale do Rio Preto.
Para ir de ônibus: saindo da Rodoviária Novo Rio, a viação Teresópolis tem horários diários em direção a Teresópolis, às 6:00am - 7:00 e a partir das 7:30, de meia em meia hora. De Teresópolis, existem cinco horários diários para São José do Vale do Rio Preto. Os horários são: 5:45 – 8:15 – 10:45 – 13:15 – 15:45 – 18:30. Peça ao motorista para o deixar antes da ponte do Sr. Iedo Bravo. Você irá saltar em frente ao portão do vizinho, volte caminhando cerca de 30m até um portão alto de madeira. Para quem estiver voltando, vale saber os horários que saem do Centro de São José para Teresópolis: 7:00 – 9:30 – 12:00 – 14:30 – 17:00 – 19:45. Se você vier do sul, há ônibus saindo de São Paulo diariamente às 22:00 em direção a Teresópolis pela viação Salutaris (Tel:xx21-2742-9818). O caminho inverso também é possível com saídas diárias, às 22:30, de Teresópolis para São Paulo.
Para ir de carro: saia do Rio via Linha Vermelha e siga sempre em direção a Teresópolis pela BR116. No fim da subida da serra, no Alto do Soberbo, continue pela BR, em direção a Salvador e Além Paraíba. No Km 60, há um local chamado Providência. No Km 57, Ponte Nova. A entrada para São José fica no Km 54. Cerca de 200/300m depois de entrar na estrada. Siga pela estrada para São José. Quando a parede começar a aparecer na sua frente, você já terá rodado de 4 a 5 Km. Logo após uma curva para a direita, do lado esquerdo da estrada, está o bar do Sr. Joel, chamado "Ponto de Informação". A essa altura a parede vai estar à sua esquerda.
Para se chegar às paredes, deve-se sair caminhando pela estrada. Há uma ponte que dá acesso às terras do Sr. Iedo Bravo. Ao entrar em sua propriedade, lembre-se da "política de boa vizinhança". Vale sempre a máxima da boa educação:... "Bom dia...”, “Boa tarde...”, “Com licença...”, etc. Deixar aberta a tronqueira que estiver aberta e sempre fechada a que estiver fechada, para não atrapalhar no rodízio dos pastos, e evitar a fuga de qualquer animal.
CHEGANDO-SE AOS SETORES:
Setor 1: de 15 a 20 minutos de caminhada. Ao atravessar a ponte, vire à direita, atravessando pelo curral, siga caminhando por uma estradinha de terra que margeia o rio até ter à sua direita uma pequena praia e uma casa que fica na outra margem. Repare que nesse ponto há uma trilha que começa a subir em curva de nível à sua esquerda. Siga por essa trilha sempre em curva de nível. Ao avistar a pedra, procure por um canaletão bem visível na parede.
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Setor 2: entre 10 e 15 minutos de caminhada. Este setor é o que fica mais próximo da antiga casa onde funcionava um abrigo de montanha. Possui um total de onze vias e/ou variantes.
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Setor 3: setor com 9 vias. Há um caminho melhor a percorrer, mas, para ficar mais fácil a visualização, descreve-se aqui pela sequência das vias. Saindo da Vaca Voadora, de frente para a parede, pule a cerca e comece a caminhar para a esquerda sem se afastar muito da parede. Vá costeando a parede. Num primeiro momento, a parede some por causa do mato. Logo que ela reaparece, vai haver na base um Ingaseiro - árvore baixa com a copa bem arredondada. Logo à esquerda, há uma fenda (atenção, esta é uma conquista em andamento, por favor não suba). À esquerda da fenda, há uma sequência de quatro pequenas vias, de 3 grampos cada - vias boas para quem está começando a fazer um IV ou V grau. É onde começa o terceiro setor.
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Setor 4: caminhada de no máximo 20 minutos. É neste Setor onde se concentra a maioria das vias do Morro da Maravilha, sendo 21 no total, e também as de maior dificuldade. A referência é uma palmeira que se vê próxima à base de uma fenda em arco.
Fonte: Texto de Marcos Madeira
Coordenadas: -22.165440487640143,-42.89530433990075